Departamento de Medicina da UFSCar inicia projeto internacional sobre dor pediátrica financiado pela União Europeia
Identificar e implementar ações transformadoras de Tecnologias da Informação e Comunicação em universidades africanas e latino-americanas para facilitar a integração, a criação de conhecimento e a cooperação acadêmico-científica sobre a Humanização dos Cuidados com a Dor Pediátrica. Este é o objetivo principal do "HUDPEDCARE - O ensino superior como motor da humanização dos cuidados em dor pediátrica", projeto internacional financiado pela União Europeia (UE), por meio do programa Erasmus+. No Brasil, a iniciativa é liderada pela professora Esther Ferreira, do Departamento de Medicina (DMed) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que está em pós-doutorado na Espanha.
O projeto envolve 15 universidades de oito países - Brasil, Peru, Moçambique, Cabo Verde, Espanha, Portugal, Polônia e Turquia. Dentre os objetivos específicos, a professora Esther Ferreira cita o trabalho colaborativo, aprendizagem conjunta e geração de conhecimento em dor pediátrica entre universidades da Europa, África e América Latina utilizando novos recursos tecnológicos. Os resultados esperados do projeto abrangem o fortalecimento da colaboração entre os parceiros, o desenvolvimento de uma plataforma especializada para transferência de conhecimento em Humanização dos Cuidados com a Dor Pediátrica, além da criação dos centros de formação tecnológica.
Em relação ao tema do projeto - Humanização dos Cuidados com a Dor Pediátrica - a professora da UFSCar aponta que as universidades participantes reconhecem a necessidade de modernizar os processos de formação acadêmica e profissional, necessitando de um uso extensivo de Tecnologias da Informação e Comunicação e de uma estrutura curricular flexível que incorpore disciplinas contemporâneas como a dor pediátrica:
"Precisamos tanto fomentar a temática, para que os profissionais já formados possam entender e aprimorar seus conhecimentos, porque muitos nunca tiveram contato em sua graduação, assim como inserir espaços durante a própria graduação para as diversas áreas da saúde. Não importa qual área o aluno irá seguir após formado, a observação e o cuidado com a dor está presente em toda a assistência em pediatria, seja na emergência, no posto de saúde, na maternidade e nos demais locais, o que impacta diretamente na qualidade de vida das crianças e das suas famílias", expõe Ferreira.
A participação da Professora Esther na chamada do Programa Erasmus+ veio a convite do grupo em que está realizando o pós-doutorado, na Universidad de Castilla-La Mancha, na Espanha. "Escrevemos um projeto amplo e que pudesse se adequar às necessidades de diversas culturas e países. A partir desse primeiro núcleo, as outras universidades foram convidadas também, o que transformou o projeto em algo robusto, tanto que fomos um dos poucos grupos que conseguiram esse fomento na União Europeia", explica. O HUPEDCARE recebeu um total de 800 mil euros, que serão divididos entre as 15 universidades, conforme suas participações e tarefas. "Acredito ser algo inovador, não apenas pela temática da dor pediátrica, mas também por unir a tecnologia à medicina, vinculando tantos países diferentes em prol de um único objetivo, o de educar em dor infantil, o que impacta diretamente na melhoria da qualidade de vida das crianças mundialmente", conclui a professora do Departamento de Medicina da UFSCar.
O projeto terá a duração de três anos. Do Departamento de Medicina, a Profa Cristina Helena Bruno, o Prof Augustus Tadeu Relo de Mattos e o Prof Rodrigo Bezerra de Menezes Reiff também fazem parte do projeto. Alunos e alunas dos 1º ao 5º ano da Medicina fazem parte do grupo.
As informações completas estão no site, já traduzido para o Português pela UFSCar, acessível em: https://project.hupedcare.com/?lg=pt.
Notícia publicada originalmente pela UFSCar em: https://www.saci.ufscar.br/servico_release?id=147582&pro=3